GREVE DOS PROFESSORES EM MARANGUAPE
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A ARTE DA GUERRA, A ARTE DA GREVE
A greve pode ser comparada a uma guerra, guerra por direitos usurpados, direitos negados. Quem vence na guerra da greve de uma categoria é quem tem as melhores armas, as melhores estratégias e o conhecimento do terreno onde a batalha está sendo travada.
No mundo globalizado, as guerras são travadas principalmente no campo das idéias, nas diferentes áreas das atividades humanas, e os grandes vencedores não disparam um tiro sequer.
Atualmente, cotidianamente vivemos em meio a um permanente exercício bélico de razões e contrarrazões. O consenso pregado por Habermas parece ter negado pelas evidências do tempo: para estar em guerra, basta ter nascido.
Guerra social, cultural, econômica, religiosa, cientifica, filosófica, educacional, etc. são elementos permanentes do nosso cotidiano. Nem mesmos os bravos e fortes parecem ser exaltados.
Não se engane e nem se deixe enganar por aqueles que usam as assembléias de nossa categoria para querer imporem os seus pensamentos e ideologias maquiavélicas dessintonizadas da nossa realidade e da realidade da nossa categoria.
Por traz de tudo isso existe interesses contrários e escusos a nossa categoria.
Não se enganem com aqueles que mesmo usando as ferramentas de luta que o nosso sindicato oferece se aproveitam da nossa luta, das nossas assembléias e da democracia para denegrir o Sindicato APEOC
Não se engane com aqueles que tentam usar as nossas assembléias para fazerem discursos de dispersão e desunião da nossa categoria. Por traz deles existem as estratégias maquiavélicas da destruição, da manipulação. É a estratégia do quanto pior,melhor.
Não se enganem com aqueles que pregam e querem o radicalismo na greve. Guerra e Greve sem estratégias, sem armas, sem recuos, com radicalismo exacerbado, sem negociação, sem respeito ao comando leva qualquer categoria a derrota, a ruínas, ao abismo e ao fracasso.
Não acreditem naqueles que apregoam a desfiliação em massa do Sindicato APEOC.
Este sindicato é o nosso real instrumento de luta, é forte e sua fortaleza foi construída na luta do magistério cearense. Já nos tem dado varias conquistas no decorrer de sua existência. É legal, é reconhecido pela justiça.
Sabemos que tanto na guerra, como na greve, é necessário ter maturidade, flexibilidade, coerência nas atitudes e ações e estar aberto ao diálogo e as negociações. É necessário fazer um desvio da rota original quando uma oportunidade fortuita se apresentar.
Como diz o mestre Sun Tzu,”o exercito controla sua vitória de acordo com o inimigo que tem diante de si. É assim também na greve que é uma guerra social. Para ser vitorioso,um exército deve adaptar-se ao terreno onde se move,deve ser como a água,que não tem forma constante - deve ser capaz de mudar e se transformar.
Toda guerra, toda greve deve ser baseada no logro, no ardil e na dissimulação. O papel do líder ou comandante é manipular e manobrar o inimigo para obter vantagens. O nosso inimigo não é a categoria e nem o sindicato. Nossos inimigos são: o governador e sua base aliada.
Como fala o mestre Sun Tzu,”mesmo quando tu fores capaz de atacar,exibe incapacidade,finge desordem. Jamais deixe de oferecer ao inimigo um engodo.
Diz também o mestre que guerras longas e campanhas prolongadas cansam o moral das tropas e dispersam recursos. Evitar guerras longas ajuda a evitar duas armadilhas que andam de mãos dadas: os gastos e a exaustão. Isso também vale para greve de qualquer categoria.
Aquele que consegue modificar suas táticas, suas estratégias de acordo com o oponente, e assim alcançar a vitória, pode ser chamado de general celestial ou divino.
Dissimular sempre. A percepção é mais poderosa do que o fato. É preciso manipular a psicologia do inimigo para tirar vantagens. É preciso conhecer bem o terreno físico da batalha (o alto, e o baixo, o longe e o perto, o largo e o estreito. É preciso conhecer de antemão as ameaças e as oportunidades que o céu e a terra apresentam.
Entender errado ou não entender astutamente as várias configurações do terreno pode custar caro, tanto para a reputação quando para os resultados finais. É preciso entender as configurações do solo da batalha. Não podemos ignorar as armas, a força, o poder e o conhecimento do inimigo.
Se as circunstâncias não são favoráveis, os planos devem ser modificados. Aqui Sun Tzu está fazendo referência específica à necessidade de se manter flexível sob circunstâncias variáveis e estar preparado para tomar o rumo da vantagem quando ela ocorrer.
O supremo mérito do vencedor consiste em quebrar a resistência do inimigo sem necessidade de empreender a luta armada.
Mestre Sun Tzu autor do livro a arte da guerra foi um general chinês que viveu no século IV a.C. Foi um dos homens mais versados na arte militar e, até, na difícil técnica de bem dispor de recursos para fazer face às dificuldades. Homem especialista em indicações eficazes para situação de conflito.
As teses deste lendário filósofo- estrategista extrapola a arte bélica, podendo repercutir nas realizações de todas as pessoas em geral: homens e mulheres, civis e militares, empregados e patrões, parlamentares e eleitores, professores e estudantes, ricos e pobres, religiosos e ateus encontrarão nos escritos de Sun Tzu indicações eficazes para situações de conflito.
É preciso rever nossas estratégias, para dignificarmos as negociações para não banalizarmos o direito à greve. Ninguém deseja ser um perdedor todos querem o sucesso, o êxito e, assim parecem que aprendemos muito com Sun Tzu,que busca ensinar como vencer todas as batalhas.Trinta dias foi dado ao governador,a greve foi suspensa mas se o governador não resolver nossas pendências e não cumprir com o acordo firmado com a categoria , a greve voltará com toda força e vigor e com o apoio de todos.
Paulo James Queiroz Martins – Representante da APEOC em Maranguape
BLOG INFORMATIVO PAULO JAMES
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
CRISTO LIBERTADOR
Jesus Cisto morreu crucificado dando-nos um grande exemplo de justiça e amor ao próximo. Com aquele ato, ele nos quis dizer que jamais o homem deve ficar de braços cruzados perante a fome, a miséria, a corrupção, e de todas as formas de injustiças sociais.
As injustiças praticadas contra os professores do Ceará pelo governador Cid Gomes, tentando destruir o plano de cargos e carreira do magistério cearense e o não pagamento do valor real do piso do Lula, deixou os professores revoltados, frustrados e decepcionados com tamanha desvalorização social, profissional e salarial. É de fazer dó e piedade o tratamento do governador para com os educadores. Tal tratamento levou a nossa categoria juntamente com o Sindicato APEOC a construir uma das maiores greves do nosso estado.
Nós professores não devemos baixar a cabeça, nem devemos nos intimidar e nem ter medo dos pronunciamentos do governador para com a nossa categoria. Devemos seguir o grande exemplo de Cristo, lutar e gritar contra todos esses tipos de injustiças que tem levado os educadores e a educação cearense as ruínas.
Os políticos do Ceará e do Brasil, de um modo geral, em vez de lutarem pela melhoria do nosso sistema educacional e pelas condições de vida e trabalho dos educadores, só pensam em encherem seus bolsos e suas barrigas. Não conheço nenhum político que exerceu o seu mandato em forma de sacerdócio ou que abdicou do seu salário por amor ao Ceará, ao Nordeste e ao Brasil. Todos eles, sem exceção, recebem pomposos salários.
Ao se candidatarem, nos palanques prometem fazer tudo pelos educadores e pela educação. Quando eleitos, ao assumirem o poder esquecem tudo, faz tudo o contrário. São verdadeiros Pinóquio da política brasileira.
Querem congelar os salários dos professores, destruírem o nosso plano de cargos e carreira, não querem reconhecer o nosso piso salarial, conquistado no governo do presidente Lula e garantido por lei.
Fazem todo tipo de cortes, perseguições e retaliações em cima dos professores do Ceará e do Brasil. Dizem até que salário gera inflação, mas nós sabemos o que está levando o Ceará, o Nordeste e o Brasil ao caos, não é o educador e sim a corrupção, o clientelismo, os crimes de colarinho branco, as más administrações que ainda continuam de Brasil afora, os altos salários dos políticos e as mordomias dos mesmos que são muitas.
Enquanto ex-governadores do Ceará recebem (recebiam) pensão vitalícia, com apenas quatro anos de mandato, o professor ganha um salário de fome e só se aposenta com 30 anos de trabalho (de serviço).
Maus políticos do Ceará espero que os meus colegas professores dê o troco nas próximas eleições.
Vocês políticos tem que saberem e se conscientizarem que Cristo veio ao mundo para que todos tenham vida plena (espiritual e material) e não apenas para uns poucos de privilegiados como querem vocês.
Chega de quadro negro, chega de sacerdócio, chega de aula por amor, chega de malabarismo, chega de sucateamento salarial e profissional do professor. Somos profissionais como as demais categorias e merecemos um salário e um plano de cargos e carreira decente. Chega de complicados emaranhados de procedimentos políticos que consome ou retarda o repasse de verbas para a educação.
Paulo James Queiroz Martins
Representante da APEOC em Maranguape-pjqm@ibest.com.br
BLOG: INFORMATIVO PAULO JAMES
sábado, 3 de setembro de 2011
paulojames Queiroz Martins para colaborador
mostrar detalhes 21:03 (1 minuto atrás)
GREVE, DEMOCRACIA, CIDADANIA E TIRANIA
PAULO JAMES QUEIROZ MARTINS
Representante da APEOC em Maranguape
pjqm@ibest.com.br
mostrar detalhes 21:03 (1 minuto atrás)
GREVE, DEMOCRACIA, CIDADANIA E TIRANIA
A ameaça ao direito de greve é uma ameaça à democracia. Define-se democracia como um conjunto de princípios e de praticas que protegem a liberdade humana. Diz-se que um governo é democrático quando ele é acessível e receptivo ao povo que governa. Não podendo ele excluir ou desvalorizar classes ou categorias profissionais.
Quando um governador se refere a uma categoria fazendo depreciações e zombando dos seus direitos fica notória a sua tirania e a sua falta de compromisso e respeito com a nossa categoria.
Frases como: “por mim nem plano de carreira existiria”. ”Quem entra na atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”. ”Quem dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário”. ”Se quiser ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”. Será que vocês políticos exerceriam os seus mandatos só por amor. Governador deixe de demagogia e de ironia.
É preciso que o governador entenda que o professor vive em um mundo real, e é com uma moeda chamada real que ele compra livros e o sustento de sua família. O amor não é moeda, o amor é um sentimento que nutre o nosso coração, mas não enche a nossa barriga e nem paga as nossas contas. Vivemos em um mundo real e capitalista onde para se viver com dignidade é preciso de um salário justo pago com uma moeda chamada real. Precisamos ser tratados com amor, respeitado e valorizado salarialmente e profissionalmente.
Não vivemos no mundo fictício e irreal do governador Cid Gomes, onde o salário do trabalhador é pago com uma moeda chamada amor. Não podemos ir na onda da utopia salarial do governador, amor não é moeda, e não sendo moeda não se pode receber amor como salário.Governador, por amor ao Ceará abdique do seu salário de governador.
Governador saia do mundo utópico, irreal e devolva com amor o nosso plano de cargos e carreira e o nosso piso salarial pago com o real. Governador amor não é moeda, portanto não podemos só trabalhar por amor é preciso de um salário pago em real, pois vivemos em um mundo real onde a realidade só se concretiza com uma moeda chamada real. Realmente, saco vazio não fica em pé. E, é nesse mundo real capitalista em que vivemos que para encher o saco precisamos de uma moeda chamada real.
Governador no seu discurso o professor por amor deve abdicar de um salário e de seus direitos garantidos por lei.Governador não temos varinha de condão para num toque mágico transformar amor em moedas.Governador não fazemos milagres. Para que o milagre de uma educação de qualidade aconteça é preciso valorizar salarialmente e profissionalmente os professores. Governador também não temos a lâmpada maravilhosa de Aladim para esfregá-la e pedir ao gênio nos livre das maldades que o senhor está fazendo com o magistério cearense.
Sabemos que a democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e deve assegurar que todos os cidadãos recebam a mesma proteção legal e que seus direitos sejam protegidos e resguardados pelo sistema judiciário. Cid Gomes, entenda que nós professores estamos numa democracia e não em uma ditadura.Não temos apenas direitos,mas temos que lutar por um sistema político que protejam , respeitem e resguardem os nossos direitos e liberdades.
As ementas 363 e 364 do Comitê de Liberdade Sindical da Organização Internacional do Trabalho fala com bastante propriedade e clareza sobre o direito de greve dos trabalhadores. A ementa 363 preconiza que o direito de greve dos trabalhadores e suas organizações constituem um dos meios essenciais de que dispõem para promover e defender seus interesses profissionais. Já a ementa 364 diz que o comitê sempre estimou que o direito de greve é um dos direitos fundamentais dos trabalhadores e de suas organizações unicamente na medida em que constitui meio de defesa de seus interesses.
Nós professores do estado do Ceará queremos comunicar à sociedade que a nossa paralisação foi decretada quando sentimos que os nossos direitos e conquistas estavam sendo ameaçados de serem usurpado pelo governador Cid Gomes, Piso Salarial e Plano de Cargos e Carreira. Nossa luta não é pontual e sim em defesa das nossas conquista e de nossos interesses coletivos, com objetivos sociais mais amplos de um magistério qualificado, valorizado salarialmente e profissionalmente e de uma verdadeira escola de qualidade.
Nós professores, alunos e a comunidade escolar em geral entendemos que a lógica da greve reside na interrupção das aulas, de modo que tal paralisação crie um fato jurídico-social propicio à abertura de negociação coletiva,que, em última análise poderá garantir melhores condições de vida e trabalho à nossa categoria.
Representante da APEOC em Maranguape
pjqm@ibest.com.br
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